Depois de Lisboa, o Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul voltou
hoje as suas críticas para Sines, em particular para a PSA/Laborsines.
“O porto de Sines começa a ser conhecido internacionalmente por uma
prática sistemática de violação dos mais básicos direitos dos
trabalhadores”, refere o sindicato liderado por António Mariano num
comunicado em que anuncia a realização de uma conferência internacional
sobre a “precariedade nos portos”, em Sines, porque, acusa, “este é o
sítio ideal para a denúncia da realidade laboral nos portos”.
Segundo o sindicato, a PSA/Laborsines, empresa de trabalho portuário
no Terminal XXI, “tem acumulado uma longa lista de violações aos
direitos dos trabalhadores portuários”. O comunicado lembra as “questões
associadas à falta de segurança no trabalho, que já resultaram na morte
de dois estivadores, em 2013 e 2015″ e refere igualmente que “a
liberdade de associação é sistematicamente colocada em
causa”, “frequentes casos de assédio e ameaças de trabalhadores por
parte dos supervisores seniores” e os “salários de miséria (…) muito
longe da realidade praticada na generalidade dos portos portugueses e
europeus”.
A organização da conferência internacional sobre “O mundo do trabalho
portuário”, conjuntamente com o International Dockworkers Council
(IDC), é, assim, apresentada como mais uma iniciativa “para apoiar os
estivadores de Sines na conquista da dignidade a que têm direito, e
colocando um ponto final no historial de violações a que têm vindo a
estar sujeitos”.
A conferência, que contará com a presença do Coordenador Europeu do
IDC, Snthony Tétard, e especialistas e docentes
universitários portugueses e estrangeiros, realizar-se-á no Centro de
Artes de Sintra, no próximo dia 14, entre as 9h30 e as 14 horas
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